A Verdade Sobre Pontuação de Cartões de Crédito: Como Não Cair nas Pegadinhas

Descrição: Entenda como escolher o melhor cartão de crédito para ganhar mais pontos sem cair nas armadilhas dos cartões co-branded.


Escolher um bom cartão de crédito parece simples à primeira vista, mas quem já tentou montar uma estratégia de acúmulo de pontos sabe que a coisa fica confusa bem rápido. Hoje existem centenas de opções espalhadas pelo mercado brasileiro, cada uma com regras, limites, programas e vantagens totalmente diferentes. E, apesar de toda essa bagunça, quase todo mundo está atrás do mesmo objetivo: conseguir a maior pontuação possível e transformar cada compra em uma oportunidade de viajar, economizar ou até lucrar um pouco.

Mas a verdade é que muita gente se deixa levar por números bonitos e acaba se enganando. Eu mesmo já perdi algumas horas comparando cartões que prometiam mundos e fundos, até perceber que a pontuação divulgada nem sempre é aquilo tudo que parece.

Por que a comparação de cartões pode ser tão enganosa?

Vou começar com uma situação bem comum (e que eu já cai, confesso):

  • Cartão A: 2 pontos por dólar gasto
  • Cartão B: 3 pontos por dólar gasto

Se alguém me mostrasse isso alguns anos atrás, eu teria escolhido o cartão B sem pensar duas vezes. E muita gente ainda segue esse caminho. Afinal, 3 é maior que 2, né? Só que não funciona assim.

O que realmente importa não é apenas a pontuação bruta, mas para onde esses pontos vão. E é aí que muita gente se perde.

O problema dos cartões co-branded

Os cartões co-branded — aqueles emitidos em parceria com companhias aéreas — geralmente oferecem pontuação maior. Parece ótimo. Só que existe um detalhe escondido: os pontos vão direto para o programa da companhia, como Smiles, LATAM Pass ou Azul Fidelidade.

E por que isso pode ser ruim? Simples: você perde acesso aos famosos bônus de transferência.

Hoje em dia, mesmo com regras mais chatas e promoções menos agressivas, ainda dá para conseguir facilmente 80% de bônus nas transferências para Smiles e Azul, e algo em torno de 30% para o LATAM Pass. Isso muda tudo, porque o que parecia ser menos acaba virando muito mais.

Outro problema — que quase ninguém comenta — é a falta de diversificação. Com um cartão co-branded, seus pontos ficam presos ali para sempre. Já com um cartão de bancos como Bradesco, Banco do Brasil ou qualquer emissor conectado à Livelo, você pode mandar seus pontos para onde quiser e aproveitar promoções melhores.

Sinceramente, já vi muita gente achar que estava acumulando horrores de milhas, quando na verdade podia estar ganhando quase o dobro com um cartão “comum”.

Exemplo real: o CAIXA Ícone Visa Infinite

Se você conseguiu aprovação para o CAIXA Ícone Visa Infinite, parabéns — esse cartão entrega 5 pontos por dólar até outubro de 2026. Parece exagero, mas é verdade. Agora, olha o que acontece quando você combina isso com bônus de transferência:

  • Smiles e Azul Fidelidade: 5 pontos × 1,8 (80% de bônus) = 9 pontos por dólar gasto
  • LATAM Pass: 5 pontos × 1,3 (30% de bônus) = 6,5 pontos por dólar gasto

Eu sei que parece uma conta meio “boa demais”, mas é isso mesmo. E nenhum cartão co-branded chega perto desses números — pelo menos não na prática.

Então cartões co-branded são ruins?

Não necessariamente. Tudo depende do seu perfil. Tem gente que voa sempre com a mesma companhia aérea, usa os benefícios no aeroporto e realmente aproveita cada detalhe. Além disso, muitos desses cartões permitem aprovação sem comprovante de renda, algo que facilita bastante para quem não pode pegar um cartão de alta renda como o Ícone.

O cartão GOL Smiles, por exemplo, pode chegar a 7 milhas por dólar gasto em faturas acima de R$ 10 mil. Na prática, isso dá algo próximo de 4 pontos por dólar, o que — convenhamos — ainda é bem competitivo.

Tenho até um amigo que prefere só cartões da Azul porque viaja quase todo mês a trabalho e vive usando embarque prioritário, bagagem extra e tal. Para ele faz total sentido.

Dicas rápidas para escolher melhor

  • Compare a pontuação real, não só a pontuação base.
  • Verifique se você pode aproveitar promoções de transferência.
  • Analise seu perfil de viagem: você voa com várias companhias ou foca em apenas uma?
  • Veja se o cartão permite diversificação de destinos dos pontos.
  • Considere o custo-benefício da anuidade.

Conclusão: o melhor cartão depende de você

O mundo dos cartões de crédito é cheio de detalhes escondidos, e escolher o cartão “com maior pontuação” nem sempre é a decisão mais inteligente. O segredo é entender para onde você quer ir — literalmente — e qual caminho rende mais pontos. Às vezes, um cartão flexível vale mais. Outras vezes, um co-branded pode entregar vantagens que fazem diferença para seu estilo de vida.


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