Aposentadoria pelo INSS: estratégias e regras para garantir um benefício maior

A aposentadoria pelo INSS ainda é um tema que deixa muita gente confusa, principalmente quem trabalha por conta própria e precisa lidar sozinho com as regras da Previdência Social. Muitos brasileiros sequer sabem ao certo quanto vão receber no futuro, e outros acreditam que é tarde demais para começar a contribuir. A boa notícia é que, com planejamento e o código de contribuição certo, é possível se aposentar com um valor razoável — até mesmo algo próximo de R$ 5.000, mesmo iniciando as contribuições depois dos 45 anos.

Entendendo as regras da aposentadoria

A Previdência Social é responsável por garantir o benefício a quem contribui mensalmente, seja como empregado CLT, autônomo ou contribuinte individual. Apesar de parecer complicada, a estrutura segue uma lógica: quanto maior a contribuição, maior o valor do benefício.

De acordo com especialistas, é possível receber um valor expressivo de aposentadoria pelo INSS contribuindo por apenas 15 anos — desde que se pague sobre o teto e siga as regras com disciplina. O teto atual do INSS é de R$ 8.157,41, e quem contribui com 20% desse valor desembolsa R$ 1.631,48 por mês.

Esse cálculo é a base para quem deseja se aposentar com o benefício máximo permitido. Além disso, a idade mínima também entra na conta: 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, conforme a regra geral.

O papel dos códigos de contribuição

No caso dos autônomos, o caminho passa pela escolha correta do código de contribuição. O código 1406, por exemplo, é o destinado a quem trabalha por conta própria e quer garantir o benefício completo do INSS.

Segundo a advogada previdenciária Camila Pellegrino, sócia do escritório Pellegrino & Galleti, “com o código certo e disciplina nos pagamentos, é possível alcançar o teto do benefício sem precisar contribuir por décadas”. O segredo, segundo ela, está em entender como cada código se aplica à realidade de quem contribui.

Estratégias para CLT e autônomos

Quem trabalha com carteira assinada (CLT) tem parte da contribuição paga automaticamente pela empresa. Nesse caso, o valor descontado no holerite já vai para o INSS todos os meses. Mesmo assim, há quem complemente essa quantia com contribuições extras, principalmente quem teve períodos de salário menor ou ficou desempregado por algum tempo.

Um trabalhador, por exemplo, que tem média de contribuição inferior ao teto pode fazer depósitos adicionais como autônomo. Assim, se a empresa contribui com R$ 800, ele pode pagar a diferença até atingir o teto e, consequentemente, garantir uma aposentadoria pelo INSS mais robusta.

Já os autônomos precisam ficar atentos à regularidade dos pagamentos. Atrasos podem reduzir o valor final do benefício e até gerar problemas na contagem do tempo de contribuição. A orientação, nesse caso, é buscar apoio de um especialista para fazer o cálculo e definir o melhor plano possível.

Dica importante:

  • Use o Meu INSS para acompanhar suas contribuições e simular o valor da aposentadoria.
  • Mantenha os comprovantes de pagamento organizados — eles podem ser solicitados em futuras revisões.
  • Sempre consulte um advogado previdenciário antes de fazer contribuições altas, para evitar pagar mais do que o necessário.

Cuidado com as mudanças de regras

Um dos grandes desafios da aposentadoria pelo INSS é a instabilidade das normas. Com o envelhecimento da população e o crescimento do déficit da Previdência, o governo frequentemente revisa critérios e fórmulas de cálculo. Estima-se que, até 2026, os gastos da União com aposentadorias ultrapassem R$ 1 trilhão, valor que pressiona o orçamento público.

O economista Fabio Giambiagi, pesquisador da FGV/IBRE, afirma que o sistema é deficitário, mas ainda sólido. “A Previdência pública não vai quebrar. O Tesouro cobre o déficit e garante a continuidade dos pagamentos”, explica. Ainda assim, ele recomenda cautela e diversificação.

Previdência privada e investimentos complementares

Para quem não quer depender apenas do INSS, a combinação de previdência privada e investimentos de longo prazo é uma estratégia inteligente. Afinal, o ideal é ter múltiplas fontes de renda quando a aposentadoria chegar.

Planos fechados de previdência, ligados a sindicatos ou associações profissionais, costumam cobrar taxas menores por não terem fins lucrativos. Além disso, montar uma carteira com fundos de investimento, Tesouro Direto e ações pode ser uma boa alternativa para equilibrar riscos e ganhos no futuro.

Mesmo com uma boa aposentadoria pelo INSS, o planejamento financeiro deve começar cedo — de preferência antes dos 40 anos. Assim, o peso das contribuições mensais é menor e o acúmulo de recursos mais eficiente.

Conclusão

A aposentadoria não precisa ser um tema assustador. Entender as regras do INSS, escolher o código certo e manter as contribuições em dia são passos fundamentais para garantir tranquilidade no futuro. Tanto trabalhadores CLT quanto autônomos podem alcançar bons resultados com disciplina e informação.

E lembre-se: quanto mais cedo você entender o funcionamento da aposentadoria pelo INSS, mais chances terá de conquistar um benefício justo e compatível com seu esforço.


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Descrição:
Entenda como planejar sua aposentadoria pelo INSS e descubra estratégias para autônomos e trabalhadores CLT garantirem um benefício mais alto, mesmo com poucas contribuições.