BTG Partners: vale mesmo a pena esse cartão tão secreto do BTG Pactual?

Quando a gente fala de banco de investimento na América Latina, o BTG Pactual praticamente reina sozinho. Mas, curiosamente, quando o assunto muda para cartões de crédito premium, parece que o banco ainda está meio perdido, como se tivesse tropeçando nas próprias ambições. Eu sempre acompanhei esses lançamentos e, sinceramente, a sensação é que eles ainda estão mais errando do que acertando — e olha que o fiasco do BTG Pactual TAP Mastercard Black deixou isso bem claro pra todo mundo.

O BTG Partners, que muitos ainda nem ouviram falar, nasceu lá para 2023, mas de um jeito quase clandestino. Nada de anúncio pomposo, influenciadores, evento chique… simplesmente apareceu nas mãos de executivos do topo da cadeia. Era quase como um “cartão fantasma”. Só agora, em 2025, ele começou a surgir timidamente entre alguns dos melhores (e poucos) clientes do banco. E isso já gera um certo burbúrio, porque o cartão tem aquele ar de exclusividade que costuma chamar bastante atenção no mercado premium.

A confusão com o Ultrablue

Pra completar essa novela, no final de 2024 o BTG lançou o BTG Pactual Ultrablue Mastercard Black, um cartão metálico com a promessa de ocupar o espaço deixado pelo Mastercard Black tradicional, que sempre foi meio… mediano. Muita gente esperava um salto de qualidade, mas o Ultrablue acabou decepcionando: benefícios limitados, pouca inovação e um custo-benefício que simplesmente não bate. Falando a verdade, o BRB DUX Visa Infinite ainda dá um baile no Ultrablue em quase todos os aspectos — além de ser mais fácil de aprovar, o que é meio irônico.

Quem realmente pode conseguir o BTG Partners?

A palavra que define isso aqui é: seleção. O cartão BTG Partners é um Mastercard Black extremamente restrito, praticamente um “cartão de convite”. Não existem regras públicas, faixas de renda, volume mínimo de investimentos… nada disso. Tudo passa por uma avaliação interna e subjetiva do banco.

Eu conversei com algumas pessoas, sondei aqui e ali, e a impressão é a mesma: quase ninguém vai colocar as mãos nesse cartão. É aquele produto feito pra um grupo muito, muito pequeno — talvez até menor do que o BTG gostaria de admitir.

Os benefícios: o que realmente existe no BTG Partners?

Aqui vem o ponto que mais divide opiniões. A expectativa era que o BTG Partners viesse para competir com gigantes como DUX, Aeternum e até o CAIXA Investidor, mas… não foi exatamente isso que aconteceu. Os benefícios existem, claro, mas são bem menos empolgantes do que a aura de “ultra exclusivo” sugere.

Entre os benefícios, temos:

  • 4 pontos por dólar em compras nacionais
  • 7 pontos por dólar em compras internacionais (com spread de 4%, o que já desanima um pouco)
  • Acesso ilimitado ao LoungeKey, com direito a levar 12 convidados por ano
  • Seguro viagem Omint, que praticamente todo cartão top já oferece
  • Concierge, outro item padrão em cartões Black
  • 1 trecho gratuito de helicóptero entre Faria Lima e Aeroporto de Guarulhos (cliente + acompanhante)
  • Descontos em outros trechos de helicóptero para quem utiliza com frequência
  • 2 acessos gratuitos ao Terminal BTG Pactual, com 20% de desconto nos acessos extras

Falando bem a verdade, nada disso chega a impressionar demais. Se você colocar esses benefícios lado a lado com os de cartões como o DUX ou o The Centurion Card, a comparação fica até meio injusta. O Centurion, por exemplo, desperta um “efeito uau” que o Partners ainda está longe de alcançar.

O cartão decepciona mesmo?

Depende do ponto de vista. Para quem gosta da marca BTG e já faz parte daquele núcleo ultra VIP, o cartão pode até ter seu charme, especialmente por causa do helicóptero e da exclusividade do Terminal BTG. Mas olhando para o mercado como um todo, o BTG Partners não entrega o nível de diferenciação que se espera de um produto tão restrito.

E isso acaba gerando uma dúvida bem forte: o BTG realmente está ouvindo o que os clientes de alta renda querem? Porque, sinceramente, o mercado está cada vez mais competitivo, e lançar um cartão Black “ok” já não basta.

Conclusão

A impressão geral é que o BTG está tentando, mas ainda falta conectar os pontos. O cartão BTG Partners poderia ser uma grande virada de chave, mas por enquanto não consegue competir de igual para igual com os melhores players do mercado premium. O banco precisa observar mais de perto os concorrentes e entender o que realmente torna um cartão desejado — e não apenas exclusivo.

Se você quer comparar com alternativas mais vantajosas, recomendo também conferir:

  • BRB DUX Visa Infinite
  • Santander Aeternum
  • C6 Carbon
  • CAIXA Investidor

Se você já teve contato com algum cartão do BTG ou ficou curioso sobre o Partners, deixa sua opinião aí nos comentários. Esse tipo de troca ajuda muito quem está avaliando qual cartão premium realmente vale a pena hoje em dia.



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