Cartão de crédito para crianças: vale a pena ou é melhor esperar?

Descrição: Descubra se o cartão de crédito para crianças realmente vale a pena e veja quais bancos permitem essa opção, com idades mínimas e benefícios.

Ter um cartão de crédito para crianças pode parecer algo exagerado à primeira vista, mas a verdade é que essa prática vem ganhando força no Brasil. E o motivo é simples: cada vez mais pais querem ensinar aos filhos o valor do dinheiro, a importância do controle financeiro e até mesmo como usar o crédito de forma responsável desde cedo.

Mas será que realmente faz sentido dar um cartão de crédito para uma criança? Bem, isso depende muito do ponto de vista — e principalmente da forma como essa ferramenta é usada dentro da família.


Um cartão que também ensina sobre dinheiro

Pense bem: quantas vezes você tentou explicar para uma criança o que é limite, fatura, juros ou cashback, e ela simplesmente não entendeu? Com um cartão adicional infantil, essa conversa fica bem mais prática.

Os pais podem acompanhar cada gasto em tempo real, definir limites, bloquear compras específicas e até mesmo estimular o hábito de poupar. É como uma “aula prática” de educação financeira, mas dentro do dia a dia da família.

Além disso, dependendo do banco, os cartões adicionais também permitem o acúmulo de pontos ou acesso a benefícios exclusivos, como salas VIP em aeroportos — o que pode ser uma vantagem para famílias que viajam com frequência.


Como funciona o cartão adicional da Caixa para crianças

Muita gente não sabe, mas a Caixa Econômica Federal é uma das instituições que aceitam menores de idade como titulares de cartões adicionais. Ou seja, o cartão principal fica em nome do responsável, mas a criança recebe um plástico com seu próprio nome e pode fazer compras normalmente, dentro dos limites definidos.

No caso da Caixa, existem duas faixas de idade permitidas:

  • A partir de 8 anos, com restrições específicas.
  • A partir de 16 anos, sem restrições.

Essas limitações podem envolver, por exemplo, limites de crédito menores ou bloqueio para determinados tipos de estabelecimento. E claro, o CPF da criança é obrigatório para solicitar o cartão, mesmo que ela ainda não tenha renda.


Idade mínima para cartão adicional em outros bancos

O Banco Central do Brasil (BACEN) permite que cada instituição defina suas próprias regras para cartões adicionais. Por isso, as idades mínimas variam bastante de banco para banco. Confira abaixo alguns exemplos:

BancoIdade mínima
Itaú12 anos
Bradesco12 anos
Santander12 anos
Caixa8 anos (com restrições) / 16 anos (sem restrições)
Banco do Brasil12 anos
XP InvestimentosNão há idade mínima
Banco InterNão há idade mínima
C6 BankNão há idade mínima
Nubank10 anos
BRB12 anos
Banrisul12 anos
Genial Investimentos8 anos
Porto Bank10 anos
BTG Pactual12 anos

Curiosamente, bancos digitais como o Inter, C6 Bank e XP são os mais flexíveis nesse aspecto. Isso mostra como as fintechs estão mais abertas a novas formas de educação financeira familiar.

Já instituições tradicionais, como Itaú e Santander, costumam manter uma postura mais conservadora, exigindo idade mínima de 12 anos.


Quando o cartão adicional deixa de fazer sentido

Apesar das vantagens, é importante ter cuidado. Um erro comum entre os pais é entregar o cartão e esquecer de acompanhar o uso. A ideia não é dar liberdade total, e sim ensinar responsabilidade.

Outro ponto de atenção é que o Santander, por exemplo, pode cancelar cartões adicionais por inatividade. Isso significa que se o filho não usar o cartão por muito tempo, o banco pode simplesmente encerrar a conta adicional.

Além disso, há o uso estratégico dos cartões adicionais para acesso às salas VIP. Muitos clientes emitem cartões adicionais em nome dos filhos apenas para burlar a limitação de convidados gratuitos — afinal, crianças acima de 2 anos geralmente pagam para entrar nos lounges. Porém, isso pode gerar confusão ou até conflito com as regras dos programas de acesso, como Priority Pass ou LoungeKey.


Vale mesmo a pena?

Na minha opinião, o cartão de crédito para crianças pode ser uma excelente ferramenta — desde que usado com consciência. Ele ajuda a construir noções básicas sobre limite, consumo e organização, mas precisa vir acompanhado de diálogo e supervisão constante.

É importante lembrar que a educação financeira não começa quando o jovem ganha o primeiro salário. Ela começa muito antes, nas pequenas decisões do dia a dia. E o cartão adicional pode ser uma ótima oportunidade de ensinar isso de forma prática.


Conclusão

Dar um cartão de crédito para seu filho não é simplesmente um gesto de confiança, mas uma forma moderna de preparar a criança para lidar com o mundo financeiro. O segredo está no equilíbrio: controlar os gastos, conversar sobre cada compra e transformar o uso do cartão em uma experiência educativa.

Se você pensa em solicitar um, comece avaliando as condições do seu banco e as idades mínimas permitidas. E, claro, use essa oportunidade para construir hábitos financeiros saudáveis desde cedo.


Palavra-chave principal: cartão de crédito para crianças
Palavras-chave secundárias: cartão adicional infantil, educação financeira, banco digital, limite de crédito

E você, daria um cartão de crédito para seu filho? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe este conteúdo com outros pais!



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