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Cartão Safra Investidor Visa Infinite: será que vale o investimento?

O Banco Safra resolveu entrar na briga pelos clientes de alta renda e lançou recentemente o cartão Safra Investidor Visa Infinite. Apesar do nome imponente, o cartão ainda levanta dúvidas sobre sua real atratividade frente aos concorrentes já consolidados nesse segmento. A seguir, vamos analisar os principais pontos positivos — e os negativos também — para entender se ele realmente vale o espaço na carteira de quem investe pesado no banco.

Um cartão exclusivo… mas nem tanto

De cara, o nome já dá o tom: o cartão é direcionado aos investidores do Safra, algo semelhante ao que acontece com o Caixa Investidor Visa Infinite. Para solicitar, é necessário ter aplicações em produtos específicos do banco, como CDBs e outros investimentos de renda fixa. Não é uma opção acessível ao público geral, o que já o posiciona como um cartão premium.

A proposta é clara: oferecer um cartão de crédito para quem já movimenta valores altos dentro do Safra. Só que, quando colocamos esse produto lado a lado com outros cartões da mesma categoria, fica difícil ignorar algumas limitações importantes.

Benefícios limitados: acesso VIP com restrições

Um dos pontos mais esperados em um cartão do tipo Visa Infinite é o acesso a salas VIP nos aeroportos — e aqui mora a primeira grande decepção. O Safra Investidor Visa Infinite dá acesso ilimitado apenas à sala VIP do próprio banco no Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Se você viaja por outros aeroportos ou até pelo exterior, os benefícios diminuem: são apenas quatro acessos anuais via Dragon Pass/Visa Airport Companion.

E tem mais um detalhe que complica a experiência: o acesso VIP só é liberado nos meses em que o cliente gasta R$ 5.000 ou mais na fatura. Ou seja, se você viaja pouco ou concentra seus gastos em outro cartão, pode acabar ficando de fora desse benefício. Para um cartão voltado a investidores de alto perfil, essa limitação parece fora de lugar, não?

Pontuação abaixo da média

Outro ponto que chama atenção — negativamente — é o sistema de acúmulo de pontos. O cartão oferece 2,5 pontos por dólar gasto em compras nacionais e 3 pontos por dólar em compras internacionais, mas apenas se a fatura passar dos R$ 20.000. Caso contrário, é bem provável que a pontuação fique só nos 2,5 mesmo. Além disso, os pontos têm validade de apenas 24 meses, o que é bem abaixo do que muitos concorrentes oferecem.

Se compararmos com cartões como o Bradesco Aeternum ou o BRB Dux, por exemplo, a pontuação do Safra Investidor parece modesta. Esses concorrentes entregam mais pontos, têm validade ilimitada e ainda oferecem benefícios bem mais generosos no quesito salas VIP.

Anuidade alta e isenção restrita

O custo anual do cartão é de R$ 1.500, o que, por si só, não é absurdo dentro do segmento. No entanto, a política de isenção não é das mais flexíveis. Para não pagar a anuidade, o cliente precisa manter R$ 500 mil em investimentos no banco ou então gastar pelo menos R$ 10 mil por mês no cartão. E esses investimentos precisam estar nos produtos específicos do Safra, como CDBs ou fundos da casa.

Aqui está mais um ponto que pode desagradar: outros bancos, como Banco do Brasil e Bradesco, permitem que o cliente invista onde quiser — incluindo ações, fundos imobiliários ou Tesouro Direto — para atingir a meta de isenção. O Safra, ao amarrar a exigência a seus próprios produtos, acaba limitando a liberdade do investidor.

Pontos positivos (sim, eles existem)

Apesar das críticas, é justo dizer que o Safra finalmente deu um passo em direção ao público de alta renda. A criação do Safra Investidor Visa Infinite mostra que o banco está atento ao mercado e tenta acompanhar os concorrentes. O design do cartão é elegante, e para quem já é cliente Safra e concentra seus investimentos por lá, ele pode até fazer sentido.

Vantagens em resumo:

  • 2,5 a 3 pontos por dólar, dependendo do valor da fatura;
  • Acesso ilimitado à sala VIP Safra em Guarulhos, se atingir R$ 5.000 de gastos no mês;
  • 4 acessos anuais via Dragon Pass;
  • Possibilidade de isenção da anuidade com R$ 500 mil investidos ou R$ 10 mil de gastos mensais.

Conclusão: vale a pena?

Se você já investe no Banco Safra, principalmente em CDBs e produtos recomendados por eles, e procura um cartão com um certo status, o Safra Investidor Visa Infinite pode ser uma alternativa. Mas, sinceramente? Ele fica devendo em vários aspectos quando comparado aos principais players do mercado. A pontuação é mediana, os acessos às salas VIP são limitados e as exigências para a isenção da anuidade são bem amarradas.

Na minha visão, faltou ousadia por parte do Safra. Um cartão com essa proposta poderia — e deveria — entregar muito mais. Quem busca exclusividade, benefícios de verdade e liberdade nos investimentos ainda encontra opções bem mais completas por aí.



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