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IOF sobe novamente: entenda o impacto no seu bolso e como se preparar

Depois de tantas idas e vindas, a novela do IOF ganhou mais um capítulo esta semana. Para quem nem teve tempo de aproveitar a redução do imposto após a anulação do decreto anterior, a notícia é bem amarga: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu restabelecer a medida do governo federal que aumenta a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para 3,5%. A decisão já vale a partir de hoje, 17 de julho.

O que muda com a nova alíquota do IOF?

Para quem faz transações financeiras internacionais, a mudança pesa no bolso já de imediato. A partir de agora, fica mais caro realizar operações como:

  • Compra de moeda estrangeira em espécie ou via contas digitais globais;
  • Remessas ao exterior;
  • Empréstimos externos de curto prazo (até 364 dias);
  • Pagamentos com cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais.

Curiosamente, a única alteração em relação ao decreto original de maio é a exclusão do chamado risco sacado — uma antecipação de pagamentos feita por empresas aos fornecedores —, algo que não afeta os consumidores comuns ou quem está planejando uma viagem.

Uma coisa que muita gente esquece é que o objetivo do governo com o aumento do IOF é bem claro: elevar a arrecadação. Essa é a justificativa desde o início, ainda que isso acabe pesando para quem consome fora do país.

Além da nova alíquota unificada de 3,5% para a maioria das operações de câmbio, continuam valendo algumas exceções importantes:

  • Entrada de recursos no Brasil para operações não especificadas: IOF de 0,38%;
  • Isenção (alíquota zero) para: operações comerciais, remessas de lucros e dividendos, retorno de capital estrangeiro e investimentos de fundos nacionais no exterior.

Ou seja, a conta ficou mais salgada principalmente para quem viaja ou faz compras internacionais.


O maior impacto: viagens e compras em moeda estrangeira

Quem mais vai sentir a diferença, sem dúvida, são os viajantes. Se você usa serviços como Nomad, Wise, Revolut ou cartões pré-pagos para comprar dólar ou euro, prepare-se para pagar mais caro. Antes, essas transações eram taxadas em apenas 1,1%, e agora saltaram para 3,5% — um aumento de mais de 300%, o que não é pouca coisa. Só pra você ter uma ideia, em uma simulação rápida que eu mesmo fiz, uma remessa de 1.000 dólares agora custa quase R$ 100 a mais só em IOF.

Outro detalhe que gera confusão: agora, tanto contas digitais globais quanto cartões de crédito passam a ter a mesma alíquota de IOF. Mas ainda existe uma diferença no custo final: os cartões de crédito tradicionais costumam ter um spread cambial bem maior do que as contas digitais. Ou seja, mesmo com o aumento, as contas globais ainda podem sair mais vantajosas em muitos casos.

Curiosamente, alguns bancos e fintechs já começaram a se mexer. O Mercado Pago, por exemplo, surpreendeu muita gente ao anunciar que zerou o spread cambial, tentando compensar o impacto do IOF maior. É algo para ficar de olho.


O que aconteceu com a promessa de zerar o IOF?

Aqui entra um pouco de frustração. Desde 2022, o Brasil vinha reduzindo o IOF gradualmente, como parte de um compromisso internacional para estimular investimentos. A expectativa era que a alíquota fosse zerada até 2028. Este ano, por exemplo, a taxa já havia caído para 3,38% em janeiro. Mas, aparentemente, os planos mudaram no meio do caminho, e agora o imposto volta a subir.

Pessoalmente, acho um retrocesso. A ideia de tornar o Brasil mais competitivo lá fora e incentivar o turismo sempre me pareceu acertada. Mas infelizmente, o buraco fiscal falou mais alto dessa vez.


Crédito também fica mais caro

Vale lembrar: a nova alíquota não afeta só quem viaja ou manda dinheiro para fora. Ela também encarece operações de crédito aqui dentro, como empréstimos e parcelamentos.

Quando você atrasa a fatura do cartão de crédito ou escolhe parcelar uma dívida, o IOF é cobrado diariamente sobre o valor financiado, somando-se aos já elevados juros dos bancos. Na prática, isso faz com que o crédito rotativo e o parcelamento de fatura fiquem ainda mais desvantajosos. Se já era importante manter as contas em dia, agora ficou ainda mais.


Dicas para reduzir o impacto

Se você costuma viajar ou fazer compras internacionais, algumas atitudes podem ajudar a driblar um pouco o impacto do IOF mais alto:

  • Compare bem entre contas digitais globais e cartões de crédito antes de fechar a operação;
  • Fique atento a instituições que estão reduzindo ou zerando o spread cambial;
  • Antecipe compras internacionais para evitar surpresas com aumentos futuros;
  • Evite ao máximo usar o crédito rotativo e parcelar faturas.

Conclusão

A decisão de aumentar o IOF pode ter frustrado quem esperava ver esse imposto finalmente zerado nos próximos anos. Mas, diante do cenário fiscal atual, parece que essa meta ficou para depois. Para nós consumidores, o jeito é redobrar o planejamento financeiro, pesquisar bem as opções disponíveis no mercado e, sempre que possível, evitar dívidas desnecessárias.


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Aumento do IOF para 3,5% impacta viagens, compras e crédito. Veja como a nova alíquota afeta seu bolso e dicas para economizar.



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