Nos últimos meses, muitas instituições financeiras têm ajustado seus benefícios, e a Nomad entrou nessa tendência ao anunciar uma nova regra para quem quer continuar aproveitando o acesso gratuito às salas VIP do programa Dragon Pass/Visa Airport Companion. A mudança já aparece no aplicativo oficial da fintech e afeta diretamente os clientes do cartão Nomad Explorer Visa Infinite.
Novas regras para acesso gratuito às salas VIP
Agora, os usuários do cartão Nomad Explorer precisarão cumprir uma média mensal de gastos para manter os acessos gratuitos ao benefício do Dragon Pass.
Segundo a Nomad:
- Quem gastar pelo menos R$ 3.500 por mês em média, terá direito a dois acessos gratuitos por ano às salas VIP participantes.
- Já os clientes que mantiverem média de R$ 4.500 mensais ou mais, garantem os quatro acessos gratuitos oferecidos originalmente pelo cartão.
Esses acessos são válidos para qualquer sala do programa Visa Airport Companion, que dá suporte ao Dragon Pass, uma das maiores redes de lounges do mundo.
Por outro lado, quem não atingir a média mínima exigida, poderá continuar acessando os lounges, mas será cobrado em US$ 35 por visita (o que dá cerca de R$ 188 na cotação atual do dólar).
Essa cobrança é feita diretamente pelo programa, e o valor é debitado do cartão de crédito Nomad Explorer do cliente, de forma automática.
O Nomad Lounge continua com acesso livre
Uma boa notícia é que nada muda em relação ao Nomad Lounge, localizado no Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU). O espaço, que é exclusivo para clientes Nomad, continua com acesso gratuito e ilimitado para quem possui o cartão Nomad Explorer Visa Infinite.
Esse lounge é um diferencial da fintech, oferecendo um ambiente moderno e confortável, com bebidas, lanches e Wi-Fi — ideal para quem costuma viajar com frequência para o exterior. Inclusive, há quem diga que o Nomad Lounge é um dos mais agradáveis de Guarulhos, especialmente por não ficar lotado como outros espaços mais populares.
Tendência entre bancos e emissores de cartões
A decisão da Nomad não é isolada. Outros grandes bancos e emissores já seguiram o mesmo caminho, ajustando as regras de acesso gratuito às salas VIP.
Entre eles, podemos citar:
- Banco do Brasil, que passou a exigir gastos mínimos para liberar acessos grátis via Visa Airport Companion.
- Bradesco, com novas metas para o Priority Pass e programas parceiros.
- Santander, que alterou o regulamento do AAdvantage Black e outros cartões premium.
- XP, que também exige volume mínimo de investimentos ou gastos mensais com o XP Visa Infinite para liberar acessos gratuitos.
Ou seja, o movimento é geral: as instituições estão condicionando os benefícios premium ao nível de relacionamento ou gasto do cliente. Assim, quem realmente usa o cartão no dia a dia acaba sendo recompensado com vantagens exclusivas.
Por que essas mudanças estão acontecendo?
A principal razão para essas novas exigências é o aumento do custo operacional dos acessos a salas VIP. Cada visita tem um valor em dólar que é pago pelas instituições emissoras, e, com o crescimento do número de clientes premium, os custos se multiplicaram.
Além disso, há um esforço claro dos bancos e fintechs para estimular o uso recorrente dos cartões, aumentando o faturamento com taxas de intercâmbio e fidelizando os clientes que realmente têm perfil de alto gasto.
De certo modo, faz sentido — se o cliente usa pouco o cartão, a conta não fecha. Mas, para quem é viajante frequente e mantém os gastos na média exigida, o benefício continua bastante vantajoso, especialmente considerando o padrão de conforto oferecido pelo Dragon Pass.
Vale a pena manter o cartão Nomad Explorer?
Depende do seu perfil. Se você costuma gastar acima de R$ 3.500 por mês e viaja algumas vezes ao ano, o Nomad Explorer Visa Infinite continua sendo uma excelente opção. Além dos acessos VIP, o cartão oferece cashback em dólar, câmbio competitivo e integração direta com a conta internacional da Nomad, o que facilita compras e investimentos no exterior.
Mas, se seu gasto mensal costuma ser menor, talvez valha repensar o custo-benefício e comparar com outros cartões que ainda oferecem acessos gratuitos sem exigência de gastos — embora esses estejam cada vez mais raros.
Conclusão
A Nomad está ajustando seus benefícios para acompanhar o cenário atual do mercado financeiro. Embora a exigência de gastos possa parecer um ponto negativo à primeira vista, ela também ajuda a manter o equilíbrio dos programas e garantir que os clientes mais engajados continuem sendo recompensados.
Se você já usa o cartão Nomad Explorer, vale ficar de olho na média de gastos para não perder o direito aos acessos gratuitos. E se ainda não tem o cartão, pode ser uma boa oportunidade de avaliar se ele faz sentido para o seu estilo de vida e frequência de viagens.