Pix parcelado em 2025: atrasos, polêmicas e o impacto no cartão de crédito

Em agosto de 2025, nós publicamos aqui no site um conteúdo comentando sobre a tão falada chegada do Pix parcelado ao mercado brasileiro. A expectativa era enorme, tanto por parte dos consumidores quanto das empresas que dependem intensamente de meios de pagamento digitais. Na época, a previsão inicial do Banco Central apontava para setembro, depois foi empurrada para outubro, mais tarde para novembro… e, como já virou quase rotina no Brasil quando se fala em inovação financeira regulada, nada saiu do papel até agora.

Pouco tempo depois, um novo comunicado do próprio Banco Central jogou um balde de água fria no mercado: não existe, neste momento, nenhuma data oficial para o lançamento do Pix parcelado padronizado. Isso gerou frustração, dúvidas, e até certo clima de desconfiança entre consumidores que já estavam se preparando para abandonar parte do uso do cartão de crédito.

Confesso que eu mesmo fiquei meio perdido. A gente acompanha notícia, lê promessa, organiza as contas pensando em mudança… e do nada, tudo volta pra estaca zero. Complicado.

Mas afinal, o Pix parcelado já existe ou não?

Na prática, sim, o Pix parcelado já existe. Só que não da forma como a maioria das pessoas imagina. Hoje, diversos bancos e fintechs já permitem que o cliente faça um Pix usando o limite do cartão de crédito, parcelando em várias vezes. Porém, cada instituição define suas próprias regras:

  • Taxas de juros diferentes
  • Prazos variados
  • Formas de cobrança nem sempre claras
  • Parcelamento com ou sem entrada
  • Possibilidade ou não de usar milhas e pontos

Ou seja, existe uma espécie de “Pix parcelado informal”, controlado totalmente pelos bancos. O Pix parcelado do Banco Central, por outro lado, teria a função de padronizar essas regras, tornando tudo mais transparente, previsível e seguro para o usuário final.

E é exatamente aí que mora o conflito.

O impasse entre Banco Central e os bancos

O BC quer criar um modelo único, com normas claras de cobrança, juros, prazos e direitos do consumidor. Já os bancos, que hoje têm liberdade para definir suas próprias condições, não estão muito animados com essa ideia de padronização. Afinal, muita gente ganha dinheiro com as taxas atuais, né?

Esse impasse tem travado o avanço do projeto. Informações de bastidores, que circulam no mercado financeiro, indicam que o debate envolve também:

  • Limites máximos de juros
  • Regras de parcelamento para pessoas negativadas
  • Responsabilidade em caso de fraude
  • Transparência na exibição das taxas

Enquanto isso, quem paga a conta da indefinição somos nós, os usuários.

Como fazer Pix usando o cartão de crédito em 2025

Mesmo sem o modelo oficial do Banco Central, ainda é possível fazer Pix parcelado utilizando o cartão de crédito. O processo é bem simples, apesar das taxas nem sempre serem simpáticas:

  1. Você entra no app do seu banco ou fintech
  2. Escolhe a opção de Pix com cartão de crédito
  3. Digita o valor e seleciona em quantas parcelas quer pagar
  4. Confere a taxa de juros
  5. Confirma a operação

O valor vai direto para quem recebe, como um Pix normal. Já o pagamento, aí sim, vira uma compra parcelada na sua fatura do cartão.

Só fique atento: em alguns casos, os juros são bem salgados. Já vi operação que transformou uma compra de R$ 1.000 em quase R$ 1.400 ao final das parcelas. É aquele famoso “cuidado pra não se enrola”.

Impactos do Pix parcelado no mercado de cartões

Se o Pix parcelado do Banco Central realmente sair do papel no futuro, os impactos nos cartões de crédito podem ser grandes. Alguns especialistas acreditam que:

  • Poderá haver queda no uso do cartão para compras parceladas
  • A concorrência pode reduzir juros
  • O consumidor tende a ganhar mais opções de escolha
  • Bancos terão que rever estratégias de fidelização

Na prática, é uma briga direta por território. O cartão sempre foi o rei do parcelamento no Brasil. O Pix vem, aos poucos, querendo esse trono.

Vale a pena pagar no Pix usando milhas?

Essa é uma pergunta que aparece muito nos comentários aqui do site. E a resposta mais honesta é: depende muito do seu perfil.

Alguns bancos permitem sim ganhar pontos e até milhas usando o Pix no crédito. Porém:

  • As taxas geralmente são mais altas
  • Nem sempre os pontos compensam o custo dos juros
  • Em promoções específicas, pode até valer a pena
  • Para emergências, pode ser uma saída

Eu, particularmente, só usaria em situações bem pontuais. Pagar juros só pra ganhar umas milhas a mais, na maioria das vezes, não fecha a conta. Mas tem gente que faz questão, principalmente quem já está tentando bater meta em programas de pontos.

Quando usar pode fazer sentido?

  • Em promoções de transferência bonificada
  • Para completar pontuação rumo a passagens internacionais
  • Em compras planejadas e com taxa baixa
  • Em momentos de aperto financeiro (com muito cuidado)

O que esperar do Pix parcelado daqui pra frente?

O cenário ainda é cheio de incertezas. O Banco Central segue em diálogo com as instituições, mas não colocou nova data no radar. Pode sair ainda em 2025? Pode. Mas também pode ficar pra 2026 ou depois.

Enquanto isso, o consumidor precisa continuar atento, comparando taxas, lendo contrato (mesmo aquele miudinho chato) e evitando entrar em armadilha financeira.

Links úteis para aprofundar o tema

  • 🔗 Link interno sugerido: Como escolher um cartão de crédito com milhas em 2025
  • 🔗 Link interno sugerido: Cartão de crédito para negativado: o que mudou este ano
  • 🔗 Referência externa: Site oficial do Banco Central do Brasil

Conclusão

O Pix parcelado ainda está em construção, cheio de promessas, atrasos e disputas de interesse. Enquanto o modelo oficial não chega, seguimos usando as versões oferecidas pelos bancos, com seus prós e contras.

A verdade é que ele tem potencial pra mudar muita coisa no mercado de pagamentos. Mas, até lá, o cartão de crédito continua sendo o principal meio para parcelar compras no Brasil.

Se você pretende usar Pix no crédito, vá com calma, compare taxas e pense se as milhas ou a praticidade realmente compensam o custo extra. Dinheiro fácil quase sempre sai caro depois.

Agora é com você

Você já usou Pix parcelado alguma vez? Acha que ele pode substituir o cartão de crédito no futuro?
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