Essa é daquelas dúvidas que muita gente tem, e com razão. Afinal, o que vale mais: juntar milhas e pontos ou receber uma parte do dinheiro de volta? Não existe uma resposta única, mas dá pra fazer uma análise simples que ajuda bastante na hora de escolher entre as duas opções.
A ideia aqui é te mostrar como calcular isso de maneira prática e, quem sabe, até evitar que você perca uma boa oportunidade de economizar ou acumular mais benefícios.
Vamos usar como base uma compra no valor de R$ 1.000. Assim a conta fica redondinha e fácil de entender. Imaginando que seu cartão ofereça 1 ponto por real gasto, você ganharia 1.000 pontos.
Agora, do outro lado da balança, temos o cashback. Se o percentual for de 3,5%, você receberia R$ 35 de volta.
Mas será que esses R$ 35 valem mais do que os 1.000 pontos? É aí que entra o detalhe…
Os principais programas de pontos do Brasil — como Livelo, Esfera, Latam Pass, Smiles e Azul Fidelidade — costumam vender milhas a um preço cheio de R$ 70 por 1.000 pontos. Mas quase sempre tem promoção rolando.
Já vimos descontos de até 80% (principalmente na Livelo e Esfera), o que pode reduzir o custo do milheiro para cerca de R$ 12 a R$ 32, dependendo da oferta.
Ou seja, com os R$ 35 de cashback você conseguiria comprar de 1.087 a 2.777 pontos, dependendo do programa. Bem mais do que os 1.000 pontos que você teria acumulado normalmente. Ou seja, se o cashback for de 3,5% ou mais, ele já começa a ficar bem interessante.
Vamos pensar em três cenários diferentes pra te ajudar a visualizar melhor:
Compra de R$ 1.000:
- Acúmulo de pontos:
- 2 pontos por real → 2.000 pontos
- 5 pontos por real → 5.000 pontos
- 10 pontos por real → 10.000 pontos
- Cashback:
- 2% → R$ 20
- 5% → R$ 50
- 10% → R$ 100
Com base nas promoções que já vimos, os valores em cashback dariam para comprar:
- R$ 20 → até 3.105 pontos
- R$ 50 → até 7.936 pontos
- R$ 100 → até 15.873 pontos
Ou seja, o acúmulo de 10 pontos por real ainda sai na frente nesses casos. Mas se o cashback subir…
Tem situações em que o cashback deixa qualquer programa de pontos no chinelo. Um exemplo claro é o que já rolou com o Banco Inter, que ofereceu 30% de cashback em produtos como celulares e eletrônicos.
Se aplicarmos esse percentual na nossa compra de R$ 1.000, teríamos R$ 300 de volta. Isso daria pra comprar algo entre 9.316 a 23.809 pontos, dependendo da promoção disponível no programa de fidelidade.
Ou seja, nessa situação, só uma campanha muito agressiva de acúmulo (tipo 10 pontos por real ou mais) conseguiria competir.
Apesar de todos esses números, a verdade é que cada caso é um caso. Às vezes, ter R$ 50 na mão para abater uma parcela ou comprar outra coisa pode ser mais útil do que acumular pontos sem um objetivo claro.
Por outro lado, pontos e milhas podem render muito mais quando usados de forma estratégica. Por exemplo, uma passagem em classe executiva, emitida com milhas numa promoção, pode fazer o valor do milheiro passar fácil dos R$ 100. Mas claro, isso exige planejamento e alguma familiaridade com o mundo das milhas.
Antes de bater o martelo entre pontos ou cashback, vale pensar em alguns pontos:
- Você tem alguma viagem marcada e está perto de juntar as milhas?
- Vai precisar do dinheiro de volta no curto prazo?
- Seu cartão está com alguma meta de gastos para liberar benefícios?
- Você participa de clubes de pontos com bônus extras?
Se respondeu “sim” para alguma dessas perguntas, já tem um norte melhor sobre o que pode compensar mais no seu caso.
Não existe uma fórmula mágica, mas agora que você sabe como fazer as contas, fica bem mais fácil decidir. Às vezes, um cashback de 5% é melhor do que pontos soltos sem utilidade. Outras vezes, acumular milhas pode render viagens incríveis por uma fração do preço.
No fim das contas, o mais importante é ter clareza sobre seu objetivo. Seja economizar agora ou guardar benefícios para o futuro, o melhor caminho é sempre aquele que faz sentido pro seu momento.
📌 Dica final: acompanhe as promoções dos programas de fidelidade e dos bancos. Muita gente perde ótimas oportunidades por falta de atenção!
💬 E você, prefere cashback ou milhas? Conta aqui nos comentários! Aproveita e compartilha esse post com quem também vive essa dúvida.