Descrição: XP Legacy é clone do BTG Ultrablue e repete quase tudo do concorrente. Veja os detalhes, diferenças reais e por que o cartão não empolga.
XP Legacy é clone do BTG Ultrablue? Uma análise nada óbvia desse lançamento
A sensação que tive quando vi o anúncio do novo cartão da XP foi quase de déjà-vu. Sabe quando você olha para algo e pensa: “pera, eu já vi isso antes”? Pois é, foi exatamente isso. E quanto mais eu lia os detalhes, mais ficava claro que o XP Legacy é clone do BTG Ultrablue. Não é exagero, aliás, nem opinião polêmica — as caracteristicas são tão parecidas que até dá aquela impressão de trabalho escolar “inspirado demais” no colega.
E o mais curioso (ou triste, dependendo do ponto de vista) é que isso aconteceu depois de meses e meses de espera. A XP segurou o lançamento, refez projeto, mudou especificação… e no final parece que simplesmente decidiu mirar no BTG e copiar quase tudo. Só que, como sempre, quando você tenta replicar algo sem adicionar nada próprio, o resultado fica meio sem alma, meio genérico até.
Confesso que eu esperava mais. Aliás, muita gente esperava.
A bagunça da XP com seus cartões
Não é de hoje que a XP tropeça no tema cartões de crédito. Quem acompanha o mercado, como eu, já viu promessa que nunca saiu do papel, projetos adiados e mudanças repentinas sem explicação clara. E agora, ao invés de entregar algo realmente inovador, o que recebemos foi um produto que reforça a sensação de que XP Legacy é clone do BTG Ultrablue — e isso aparece em praticamente tudo.
A exigência mínima de investimento, por exemplo, é a mesma: R$ 1 milhão. Essa cifra por si só já limita uma boa parte dos potenciais clientes, mas até aí tudo bem — cada banco define sua estratégia. O problema é que a XP já tinha um cartão forte no segmento, o Visa Infinite tradicional, que pedia bem menos: R$ 50 mil. Ou seja, houve uma mudança brusca de faixa, mas sem trazer aquele algo a mais que justificasse o salto.
Pontuação? Igual. Cashback? Igual. Programas? Pior.
Quando fui olhar os benefícios, veio o segundo choque. A pontuação é praticamente um espelho do BTG:
- Compras nacionais: 3 pontos por dólar (ou 1,5% de cashback)
- Compras internacionais: 3,5 pontos por dólar (ou 1,75% de cashback)
Até aí, beleza — são bons números. Mas sabe o detalhe que pega? No BTG você escolhe Esfera ou Livelo. Já no XP Legacy, adivinha? Isso mesmo: apenas Livelo. Quem utiliza bastante esse tipo de programa sabe o quanto a opção faz diferença.
Nesse ponto, fica difícil dizer que não é repetição. Aliás, é justamente aqui que a frase “XP Legacy é clone do BTG Ultrablue” aparece na cabeça de qualquer pessoa que compara os dois cartões minimamente. Não tem como fugir disso.
Anuidade e salas VIP: diferenças que não encantam
Outro detalhe que chama atenção é a anuidade. A XP colocou o valor de:
- R$ 4.200,00
Enquanto isso, o BTG cobra:
- R$ 4.800,00
Teoricamente, isso faria o XP Legacy parecer mais “acessível”. Mas, sinceramente, não faz tanta diferença quando estamos falando desse público. O que acaba pesando de verdade é o conjunto completo dos benefícios. E aí mais uma vez vemos sinais desse “espelhamento”.
Para salas VIP, a XP optou por acessos ilimitados via Visa Airport Companion (VAC), com 12 convidados por ano. O BTG usa LoungeKey, que costuma agradar mais viajantes frequentes. Mas o que realmente faz o BTG brilhar é o Terminal BTG Pactual, um espaço único que a XP simplesmente não tem como igualar.
A impressão continua: sim, XP Legacy é clone do BTG Ultrablue, mas sem a parte mais premium do clone.
Comparações duras: mercado não perdoa cópias
Quando olho o cenário geral, o Legacy entra para competir com:
- The One
- Graphene
- DUX
- Aeternum
- Altus
E, para ser bem sincero, perde em vários critérios. O BRB DUX Visa Infinite, por exemplo, exige só R$ 100 mil em investimentos e entrega muito mais benefícios. Já o Santander Unlimited e o Sicredi Visa Infinite sequer exigem investimento — e ainda assim, para muita gente, valem muito mais a pena.
O segmento super premium é competitivo, e imitações não costumam sobreviver por muito tempo. É duro dizer isso, mas fico com a sensação de que o cartão nasceu sem brilho próprio.
Conclusão: XP corre atrás do BTG, mas não alcança
Depois de tudo analisado, fica quase impossível negar que XP Legacy é clone do BTG Ultrablue. A proposta é parecida, os números são parecidos, o público-alvo é igual — e no final o cartão da XP não entrega nada realmente novo, nada que faça você parar e pensar: “uau, isso aqui vale a mudança”.
Se tivesse personalidade, talvez a história fosse outra.
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Referência externa recomendada
- btg.com.br (informações públicas sobre o Ultrablue)
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